Trabalhe a Inteligência Socioemocional.
Para entender melhor a Inteligência Socioemocional, precisamos conhecer um pouco mais sobre suas origens e o processo de crescimento.
A Inteligência Social, como conceito, foi proposta pelo psicólogo Edward Thorndike em 1920.
Em suas próprias palavras, Inteligência Social é “a habilidade de entender e gerenciar homens e mulheres, meninos e meninas, e agir sabiamente nas relações humanas”. Então, pela própria definição, o conceito se relaciona tanto aos aspectos cognitivos (a habilidade de entender as pessoas) quanto aos aspectos práticos (habilidade de lidar com elas e responder a elas).
No início da década de 1990, o pesquisador Zaccaro e seu associado viam a inteligência social em termos de dois aspectos:
(a) Compreensão social e
(b) Comportamento apropriado à situação.
Segundo eles, indivíduos socialmente inteligentes estão cientes da situação social, incluindo os problemas e necessidades dos outros (percepção social). Eles também são capazes de se comportar apropriadamente para diferentes situações sociais (flexibilidade comportamental).
Naquela época, os pesquisadores Kosmitzki e John descreveram uma pessoa socialmente inteligente como aquela que:
O Psicólogo, escritor e jornalista Daniel Goleman, abriu o caminho para difundir a Inteligência Emocional e Social no mundo.
Ele certamente foi a pessoa que mais contribuiu para a pesquisa sobre o funcionamento biológico e, em particular, neuroendócrino no contexto da inteligência social.
O novo termo inteligência emocional e social (IES) ajuda a diferenciar as manifestações comportamentais da consciência intrapessoal e do gerenciamento das emoções dentro do eu (IE) das manifestações comportamentais da consciência interpessoal das emoções, necessidades, pensamentos e percepções dos outros, bem como a navegar no ambiente social mais amplo e trabalhar com os outros (IS).
Temos outros nomes que deram contribuições importantes sobre, mas em momento mais oportuno irei mencioná-los. De qualquer forma podemos mencionar Shaun e Karl.
O pesquisador Shaun identificou pessoas socialmente inteligentes como:
Já Karl Albrecht, por volta de 2009, elaborou as cinco principais dimensões da inteligência social como radar situacional, presença/porte, autenticidade, clareza e empatia (pode ser vista como uma sigla ESPAÇO).
O SI foi especificado como um construto de capacidade cognitiva multidimensional que se baseia em um modelo integrativo derivado de uma revisão de literatura. Então, o SI é sobre cinco qualidades:
Compreensão social (SU) também inferência social, interpretação social ou julgamento social) representa a capacidade de entender estímulos sociais contra o pano de fundo da situação social dada. Também inclui requisitos diversamente rotulados, como o reconhecimento dos estados mentais por trás das palavras, a compreensão de comportamentos observados no contexto social em que ocorrem e a decodificação de dicas sociais.
Memória social (MS) representa a capacidade de armazenar e recordar objetivamente informações sociais fornecidas que podem variar em complexidade. O conceito de MS foi originalmente introduzido por Moss e também apareceu em trabalhos de Sternberg, Conway, Ketron e Bernstein como memória para nomes e rostos.
Percepção social (SP) representa a habilidade de perceber informações socialmente relevantes rapidamente em situações mais ou menos complexas. SP se distingue de SU por confiar somente em informações objetivamente presentes para excluir requisitos interpretativos.
Flexibilidade social (FS) é a habilidade de produzir tantas e tão diversas soluções ou explicações quanto possível para uma situação social ou um problema social. O conceito foi originalmente introduzido no modelo de estrutura do intelecto humano de Guilford (1967) no domínio da produção divergente de conteúdos comportamentais.
O conhecimento social (CS) inclui conhecimento de questões sociais, o fundo de conhecimento dos indivíduos sobre o mundo social ou conhecimento das regras de etiqueta. Ao contrário das dimensões restantes, o CS depende muito dos valores sociais do ambiente e não é considerado uma dimensão cognitiva pura.
Todo o conteúdo narrado até aqui, serve para alertar da importância e complexidade da Inteligência Socioemocional nas empresas.
Algumas pessoas por alguma razão já são altamente habilidosos e com poucos ajustes operam “milagres” usando sua Inteligência Emocional e Social, outros precisam de muito treino, mas a grande verdade é as empresas com os melhores times e alta eficiência são aquelas que são lideradas por profissionais com a IS a flor da pele.
A Inteligência Socioemocional trabalha de forma integrada exigindo do autor da ação o pensamento integrado, gerando um ciclo, explicado de forma bem simples pelo psicólogo Marcos Lacerda.
Ele explica que existe um ciclo com 5 (cinco) elementos: o Autoconhecimento, a capacidade de tomar decisões responsáveis, as competências sociais, a consciência social e o autocontrole.
Neste momento o mundo vive um momento em que se fala em todos os cantos sobre a Inteligência Artificial. Em todos os lugares um tema recorrente para as tendências vem a IA, até mesmo em Recursos Humanos tenho visto artigos e publicações sobre IA.
Por fim, quero chamar a atenção de todos para um ponto elementar, narrado desde o início deste artigo, as “EMOÇÕES”. Por hora não existe nem mesmo a vaga ideia de que a Inteligência Artificial possa alcançar este nível, estamos falando de sentir, reagir e equilibrar, estas capacidades são de propriedade do cérebro humano.
Não quero aqui discutir o limite da IA, este artigo é para mostrar para aqueles que ainda não entenderam, que para tornar a sua empresa, o seu negócio mais eficiente e eficaz, não adianta investir apenas em tecnologia de ponta, é preciso investir nos profissionais, estes sim fazem a grande diferença.
Desenvolva profissionais em Inteligência Socioemocional, vai perceber que boa parte das soluções dos seus problemas estava dentro da própria empresa.
Sucesso a todos!
Claudo Roberto de Menezes